A nossa pauta de hoje traz como destaque, a Redeiras – Associação das Artesãs Redeiras do Extremo Sul – e seu valioso trabalho de reciclagem na confecção de acessórios de moda brasileira. Essas mulheres-artesãs são um poderoso case de superação, criatividade e sustentabilidade. O segredo está na habilidade de transformar escamas, couro de peixe e redes de pesca em coleções de delicadas biojoias e ecoacessórios versáteis. Assim, estes atributos garantiram um lugar para suas criações entre os produtos eco-fashion da Igara Moda Arte.
De fato, quem nos acompanha, sabe bem o orgulho e o prazer que temos em divulgar o trabalho e a arte sustentável dos parceiros. Afinal, são eles que que trazem a beleza, criatividade e charme presentes nos acessórios de moda brasileira e ecodecoração da Igara. A Redeiras faz parte, com louvor, desse seleto grupo que também inclui a FAM, a Sophos Rio e Carol Barreto, já mostrados aqui. Então, navegue pelo blog para conhecê-los e aguarde nas próximas postagens mais novidades sobre outros talentosos parceiros da Igara!
Redeiras: biojoias de escamas de peixe e prata disponíveis na Igara.
Quem são as Redeiras e como surgiram estes ecoacessórios?
Esta história de sucesso inicia-se, há 11 anos atrás, em um local rústico, simples e colorido no extremo sul do Brasil, criada pelas mãos de um grupo de artesãs da Colônia de Pescadores São Pedro Z-3, no Rio Grande do Sul. Elas reciclam o material de pesca da região – que vive dessa atividade há décadas – transformando esse descarte em linda coleção de acessórios de moda 100% brasileira como carteiras, necessaires, bolsas, colares, pulseiras, brincos.
Todas as artesãs da Redeiras vivem nessa colônia habitada, na sua maioria, por pescadores artesanais. Por isto, suas famílias têm o sustento ligado direta e/ou indiretamente à pesca. O grupo recolhe o material descartado pelos pescadores no fundo de galpões, nas ruas, nas praias e junto aos barcos, para transformá-lo em matéria -prima reaproveitada. Uma atividade sustentável que ajuda a preservação do meio-ambiente e gera renda para a comunidade.
A matéria-prima reciclada avança no mercado de moda no Brasil
Entre os materiais recolhidos que viram matéria prima para o grupo estão os couros de peixe: tainha, corvina, cascudo e linguado. Eles são tratados e transformados em tecido para acessórios ecológicos. Por sua vez, as redes de pesca são lavadas, desmanchadas, tingidas e manualmente transformadas em rolos de fios usados para confeccionar leves e coloridas peças em tear. Através destes processos criativos e inovadores, são confeccionadas lindas peças femininas de moda brasileira como bolsas, carteiras e chaveiros. As escamas de peixe são também matéria-prima trabalhadas pelas hábeis mãos destas artesãs. Depois de esculpidas, são finalizadas com acabamento em prata 950, dando origem a coleções de finas biojoias.
Acima de tudo, nós da Igara, somos fãs declarados do trabalho de moda sustentável Adriana Xavier Sabino, Ana Elisabeth Pedrozo Portela, Diva Francisca da Rosa, Eliani Aires Ferreira, Flávia Silveira Pinto, Karine Portela Soares, Mari Ângela Motta Lima (Zuca),Vilma Palins e Viviane Ramos, as Redeiras.
Por fim, fica aqui nosso parabéns também para o Sebrae/RS –Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul –, que orientou o grupo desde o início. O Sebrae/RS acreditou no talento das artesãs, executando lado a lado o planejamento de cada etapa do projeto: da criação das peças; passando pela administração das coleções até a comercialização. Como resultado desta iniciativa vem o reconhecimento da marca, ano após ano, que culminou com a justa premiação das Redeiras na 4ª edição do Prêmio Top 100 do SEBRAE.
Temos orgulho desta parceria em nossa empresa, dignos representantes da arte e moda brasileira!
Fotos produtos: Maria Doria / Igara Moda Arte
Fotos processos Redeiras: Luma Guarconi / Pesquisadora moda e design
Foto Colônia Z 3: Gigalista