A equipe Igara finalizou a viagem pelo Amazonas com uma visita ao projeto Teçume da Floresta, onde mulheres ribeirinhas artesãs se reúnem em uma pequena cidade a 102 quilômetros ao sul de Manaus para tecer acessórios que são comercializados no mercado de moda e decoração de grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.
Para chegar à comunidade de Tupã em Careiro Castanho, cidade sede da Teçume, marca social criada em 2015 pela ONG Casa do Rio, a equipe Igara atravessou o Rio Negro, passou pelo belíssimo encontro das águas e, em Careiro da Várzea, pegou uma van para enfrentar uma hora e meia de viagem pela BR319. Uma aventura que valeu cada minuto.
Como definiu Ely Bastos, nossa curadora, “as mulheres do Teçume são fortes, destemidas, criativas e empreendedoras”. Abraçaram o projeto, superando todo tipo de limitações e hoje conseguem até triplicar a renda familiar com a comercialização de cestarias, leques, bolsas e caixas de óculos feitos com cipó ambé ou com o cipó titica.
— O artesanato produzido na Teçume é de muito bom gosto, colorido, tem design moderno e brasilidade — atestou Ely Bastos, que ficou particularmente impressionada ao presenciar o preparo do cipó ambé, uma planta espinhosa que é domada pelas artesãs com movimentos determinados de facões sobre as próprias coxas.
Ely Bastos, Waldomiro e Gezualda Lima, da equipe Igara Moda Arte, estavam na região por conta da especial Rodada de Negócios que o Sebrae-AM organizou com etnias ndígenas em Benjamin Constant e no Parque do Mindu, em Manaus (AM), entre o final de março e o início de abril, mas resolveram ir além da programação oficial para conhecer outras comunidades de artistas amazonenses.Uma decisão que tornou essa experiência ainda mais rica e inesquecível.
Leia também Igara na Amazônia – Parte 1 e Igara na Amazônia – Parte 2
Que linda matéria, super encantado.